Um ano antes do meu nascimento, em 1973, o bruxo-mestre--crente-tudo-em-um-e-nada Raul Seixas lançou o álbum Krig-ha, Bandolo!, e numa das faixas ele cantava: "Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante/ Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo". Pobre Raul! Tão celebrado por uma tribo de tiozinhos nostálgicos, se acreditava mesmo nesses versos, seria hoje, por esses mesmos tiozinhos, execrado. Raul é o cara que celebrou os que não têm "convicções", aqueles que são "fracos na crença, os tais que ficam em cima do muro. Sendo sincero, não é mesmo legal nunca ter convicções, mas é pior ter convicções como armadura quando as sabemos erradas.
Estilo de vida
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Neste mês das crianças, não podia deixar de abordar este assunto que tanto me incomoda. Nostalgia é bom, muito bom; conhecemos boa parte das nossas paixões e hobbies ainda na infância. O problema começa quando lembrar-se dos bons tempos significa rejeitar tudo, absolutamente tudo, o que é novo, e defender tudo, absolutamente tudo, o que é da sua época, inclusive ideias retrógradas que a sociedade já está superando. Dei um apelido carinhoso a estes nostálgicos tóxicos: Paladinos do Merthiolate Ardente.